Os 5 principais tipos de Marketing Digital

Há diversas formas de Marketing Digital. Neste artigo vamos focar nos 5 tipos que compreendemos como sendo os mais relevantes no contexto atual. O objetivo aqui é passar uma ideia muito mais concreta de como o Marketing Digital é implementado na prática. Cada um destes tipos é amplo o suficiente para ser uma disciplina em si, então o objetivo aqui não é aprofundar em todos eles, mas apenas dar uma ideia inicial de como funciona cada um.

Marketing de conteúdo foto criado por @vectorpouch – freepik.com

Marketing de Atração (inbound marketing)

A agressividade do marketing tradicional, na qual o anunciante interrompe o cliente em potencial para chamar sua atenção, com anúncios de rádio ou televisão, ligações telefônicas,
sem relacionamento prévio com o cliente, resulta em um fenômeno denominado “cegueira à publicidade” (banner blindness), na qual o cliente em potencial reage pouco à campanha, resultando em baixa conversão por valor investido.

Originalmente o Marketing de Permissão era implementado obtendo a permissão do cliente em lojas físicas, ou em feiras de eventos, para posteriormente enviar-lhes material de marketing relacionado com o tema que levou o potencial cliente a conceder previamente esta permissão.
Atualmente, esta prática ficou mais aperfeiçoada através de blogs, redes sociais, YouTube, etc. Pois estes se encaixam perfeitamente com a ideia de obter a permissão do usuário.

Para fazer isso, primeiro o potencial cliente é atraído através de conteúdos de interesse deles e, em seguida, tentarão obter seu contato (seu e-mail), não raramente oferecendo incentivos gratuitos em troca.

O termo “inbound” em inglês pode, com uma certa liberdade, ser traduzido em português como “entrante”. O termo é derivado da ideia de que no Marketing de Atração o anunciante
não vai interromper um cliente em potencial para chamar sua atenção, mas vai tentar fazê-lo vir por vontade própria, o atraindo de forma natural.

Marketing de Conteúdo

O Marketing de Conteúdo não é sinônimo de Marketing de Atração, são coisas distintas. O Marketing de Conteúdo é uma das formas de se praticar Marketing de Atração

Segundo o autor e empreendedor Joe Pulizzi, maior autoridade em Marketing de Conteúdo e formulador de alguns de seus conceitos, autor do livro “Marketing de Conteúdo Épico: Como contar uma história diferente, destacar-se na multidão e conquistar mais clientes com menos marketing“,  esta seria a definição de Marketing de Conteúdo:

"Uma técnica de marketing para a criação e distribuição de conteúdo relevante e valioso para atrair, adquirir e atrair atenção de um público-alvo bem definido, com o objetivo de incentivá-los a serem futuros clientes."

 

A publicação de conteúdo de qualidade, seguindo esta técnica, pode ser feita em qualquer meio que permita uma divulgação massiva de conteúdo gratuito. Esse conteúdo é normalmente publicado em mídias como revistas online, livros digitais (ebooks), plataformas de vídeo (Youtube, Vimeo, etc), podcasts, blogs, redes sociais, listas de e-mail (newsletters), webinars, etc.

Mas atenção, pela própria definição acima, Marketing de Conteúdo não pode ser confundido com a publicação desenfreada de conteúdo. Não se trata de quantidade, mas de qualidade, conteúdo que se destaque e realmente faça diferença. 

Normalmente os profissionais que obtém sucesso com o Marketing de Conteúdo são profissionais, de diversas diferentes formações, que por meio de sua formação profissional, seu histórico profissional e sua experiência em determinado tema, os colocam como autoridade sobre estes temas. A geração de conteúdo de qualidade é então uma consequência desta já consolidada autoridade.

É por isso que muitos falham nesta empreitada e chegam incorretamente a conclusão de que, ou Marketing de Conteúdo não funciona, ou que gera menos resultados do que outras modalidades de Marketing Digital. O conteúdo tem que ser resultado natural da autoridade no assunto escolhido. Em outras palavras, como definido por Joe Pulizzi acima, precisa ser conteúdo “relevante e valioso”.

Marketing Digital nas redes sociais (social media marketing)

Os profissionais que trabalham com Web Design, desenvolvendo páginas web (sites) para pequenas empresas que estão iniciando agora sua presença online, nos últimos anos têm se deparado com o seguinte dilema: 

Como convencer seus potenciais clientes a pagar um preço justo para os desenvolvedores, se eles podem ter presença online de graça nas redes sociais? Não há como negar que as redes sociais e as plataformas de streaming de vídeo revolucionaram a forma que empresas e empreendedores individuais alcançam o grande público.

E só para se ter uma ideia do tamanho desta “vitrine”, já existem várias redes sociais que ultrapassam um bilhão de usuários. Um potencial de visibilidade que não pode deixar de ser explorado por quem quer atuar no Marketing Digital.

Statistic: Most popular social networks worldwide as of January 2022, ranked by number of monthly active users (in millions) | Statista
Find more statistics at Statista

Com o declínio relativo dos blogs em favor das redes sociais, o título de blogueiro se espalhou sob o termo “influenciador”

Mas um grande potencial de exposição, sem estratégia, é apenas um potencial. Muitas vezes ouvimos alguém reclamar que investiu tempo e dinheiro com marketing nas redes sociais e não obteve resultado, ou o resultado obtido não compensou o investimento.

A natureza gratuita e a facilidade de utilização muitas vezes fazem com que muitas empresas e novos empreendedores banalizem o Marketing Digital nas redes sociais. A facilidade está no acesso e no uso das redes sociais, mas isso não dispensa a necessidade do uso de estratégias de marketing digital.

As ações de marketing nas redes sociais para serem rentáveis precisam das estratégias corretas, e questões simples, porém importantes precisam ser consideradas:

– Está considerando a segmentação do cliente?

– Sabe em quais redes sociais ele está? E em quais ele não está?

– Quais são seus objetivos nas ações de marketing? Divulgação da marca? Venda direta? Venda como afiliado?

– Conhece os diferentes tipos de tráfego, “orgânico”, “pago”…?

– Como automatizar suas ações para alcançar e otimizar a rentabilidade das campanhas?

– Sabe quais ações necessitam ser manuais e quais podem ser automatizadas?

Este tema de Marketing digital nas redes sociais (social media marketing) será explorado mais a fundo em artigo específico sobre este tema em breve, mas ficam aqui algumas dicas iniciais básicas:

Escolha um canal

Muitos empreendedores ficam empolgados com as possibilidades do marketing de mídia social e acabam se dispersando demais.

Plataformas diferentes requerem diferentes tipos de conteúdo ou diferentes formas de apresentar o conteúdo, e nem sempre há tempo disponível suficiente para desenvolver este conteúdo para várias plataformas ao mesmo tempo.

Principalmente se estiver ainda iniciando no uso do marketing digital nas redes sociais. Esteja seguro de que você já domina uma plataforma antes de considerar a próxima.

 Tenha clareza de quem é o seu cliente

Quando você tiver clareza sobre quem é o seu cliente, você estará mais bem preparado para transmitir sua mensagem nas mídias sociais, bem como em quais redes sociais você deve estar presente.

 

 

 

 

                                    

 

Tenha clareza de qual fase de compra está o cliente alvo

Existem estratégias que funcionam melhor na fase em que o cliente já sabe exatamente o que ele quer ou precisa adquirir como solução para seu problema.

E existem estratégias que funcionam melhor quando o cliente tem consciência do problema, mas ainda está iniciando sua pesquisa de possíveis soluções (ainda não tem bem claro o que quer ou precisa). 

Há ainda estratégias para fase ainda mais inicial, quando o cliente ainda não sabe sequer que tem um problema para ser resolvido.

 

 

Tenha clareza sobre quais são suas metas

 

Tornar sua marca mais conhecida, 

efetuar venda direta, 

etc.

 

 

 

 

 

                                       

 

 

Marketing de influenciadores

De acordo com o dicionário Larousse, a definição de influenciador é: 

"a pessoa que, por sua posição social, sua notoriedade e/ou sua exposição na mídia, tem grande poder de influência na opinião pública, até mesmo nos tomadores de decisão."

De blogueiros a influenciadores, uma breve história: 

Com o desenvolvimento da Internet, surgiu o blog, um tipo de site para a publicação periódica e regular de artigos breves sobre determinado assunto, desde temas específicos até trivialidades do cotidiano.

Em 1999 surgiu o serviço Blogger (blogger.com), tornando fácil para qualquer pessoa comum criar seu próprio blog por meio de customização de uma página pessoal dentro do próprio site do Blogger, sem a necessidade de pagar um web designer para criar uma página web para isso. 

Em 2003 surgiu o WordPress, uma das ferramentas mais utilizadas para conteúdo na web, disputando com o serviço do Blogger, porém adotado por aqueles que queriam uma página com maior personalização e recursos diferenciais. Percebendo o vertiginoso crescimento deste mercado, ainda em 2003 o Google entrou neste mercado comprando o Blogger Pyra Labs.

Em 2011 já havia pelo menos 156 milhões de blogs e atingiu-se a marca de 1 milhão de novos posts publicados todos os dias!

 

O sucesso de parte dos blogueiros com milhares de seguidores chamou a atenção de agências de publicidade, as quais passaram a procurar os blogueiros mais influentes com o objetivo de propor que escrevessem artigos patrocinados. Isto levou ao surgimento dos primeiros blogueiros profissionais

 

Em paralelo com esta história, ocorreu o surgimento de canais de streaming e redes sociais, como por exemplo: Facebook (2004), Youtube (2005), Instagram (2010) e TikTok (2016).

 

A ideia original de “publicação periódica e regular de artigos breves sobre determinado assunto, desde temas específicos até trivialidades do cotidiano” alcançou estas novas plataformas.

Ao mesmo tempo ocorreu um certo declínio relativo dos blogs em favor das redes sociais. Muitos blogueiros migraram para as novas plataformas, milhares de outros surgiram, e o contexto do trabalho e o título de “blogueiro” se expandiram no que resultou no termo “influenciador”, ou “influenciador digital“.

Com o surgimento dos “influenciadores”, pessoas que conquistaram grande visibilidade na internet, as marcas têm percebido cada vez mais o potencial que essas pessoas têm para ações de marketing.

A estratégia é simplesmente que o influenciador ou a influenciadora crie conteúdo sobre um produto, e a eficácia dessa estratégia se explica pela confiança dos seguidores no influenciador ou influenciadora, e na capacidade de influenciar as decisões de compra de seus seguidores.

Os resultados muitas vezes podem ser espetaculares, com os maiores influenciadores alcançando desde milhares até em alguns casos milhões de visualizações, de um público já segmentado (quem lê os artigos ou as postagens, e quem assiste aos vídeos, geralmente já estavam procurando por aquele conteúdo).

Ou seja, os influenciadores de sucesso têm um potencial de promover os produtos para uma quantidade muito maior de “compradores em potencial”, do que seria possível com uma campanha de marketing comum. as quais alcançam uma quantidade maior de pessoas aleatoriamente, porém não necessariamente de “compradores em potencial”.

Marketing de Afiliados

O Marketing de Afiliados é um modelo no qual uma marca, uma empresa, ou um produtor independente, compensam blogueiros, influenciadores ou pessoas comuns, para gerar tráfego (ou leads) para os produtos (físicos ou infoprodutos) e serviços da empresa.

Estes empreendedores são afiliados e uma taxa de comissão os incentiva a encontrar maneiras de promover a marca, a empresa ou o produto.

Em outras palavras, O Marketing de Afiliados é um esquema de marketing no qual uma empresa compensa os parceiros por negócios criados a partir das táticas de marketing do afiliado.

 

O Marketing de Afiliados surgiu antes da Internet, porém com a internet e no mundo do Marketing Digital, análises automatizadas tornaram esta modalidade em uma indústria de bilhões de dólares.

Uma empresa que executa um programa de marketing de afiliados pode rastrear os links que trazem leads, e determinar com precisão quantas leads cada afiliado gerou, quais leads se convertem em vendas, e o volume de vendas por afiliado.

 

Uma das primeiras empresas a perceberem o grande potencial de vendas dos programas de afiliados foi o Amazon, o qual até o momento ainda tem um dos mais atrativos programas de afiliados. Neste programa, o afiliado por promover qualquer um dos milhões de produtos vendidos pelo Amazon.

 

Mas não apenas produtos físicos podem ser vendidos via Marketing de Afiliados. Também produtos digitais, ou infoprodutos, como cursos e treinamentos por exemplo. É o caso de infoprodutos vendidos via Marketing de Afiliados pelo Hotmart e pela Udemy por exemplo.

 

No setor de serviços, podemos citar os programas de Marketing de Afiliados de provedores de hospedagens de sites, como por exemplo o Hostgator, o Hostinger, etc.

 

O objetivo deste modelo é aumentar as vendas e criar uma solução ganha-ganha tanto para o comerciante quanto para o afiliado. O sistema é único e lucrativo e está se tornando cada vez mais popular.

 

O Afiliado pode promover os produtos ou serviços via Blogs, Redes Sociais, Canais de streaming de vídeo, campanhas de marketing via e-mail, etc.